Segundo as pesquisas mais recentes e considerando o cenário atual, a eleição presidencial de 2026 pode repetir a lógica de 2018, porém de forma inversa. Se nada mudar ao longo do caminho, os números indicam uma disputa marcada por paralelos claros com o grande embate eleitoral do país daquela eleição.
Em 2018, o então ex-presidente Lula (PT) estava preso e impedido de concorrer. O PT lançou Fernando Haddad, que obteve 29,28% dos votos no primeiro turno, enquanto Jair Bolsonaro, à época filiado ao PSL, liderou com 46,03%. No segundo turno, Bolsonaro saiu vitorioso com 57.797.874 votos, o equivalente a 55,13% dos votos válidos.
Agora, olhando para 2026, o cenário se desenha de maneira oposta. Com Bolsonaro fora do jogo, também em condição de inelegibilidade/prisão, segundo as projeções políticas, o bolsonarismo teria que lançar um nome de confiança. Na situação atual, surge o nome do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho e principal herdeiro político do ex-presidente.
De acordo com as pesquisas, Lula aparece com mais de 46% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto Flávio Bolsonaro pontua em torno de 30%, desempenho muito próximo ao de Haddad em 2018.
Em um eventual segundo turno, os números indicam que Lula poderia alcançar entre 55% e 56% dos votos válidos, percentual semelhante ao obtido por Bolsonaro na vitória de 2018, reforçando a tese de uma repetição, agora com os polos trocados.
O jogo eleitoral de 2026 começa, de fato, a ganhar corpo. As próximas pesquisas serão decisivas para confirmar tendências, medir o sentimento do eleitorado e entender até que ponto o país caminha para uma eleição marcada por simbolismos, comparações e um claro espelhamento do passado recente da política brasileira.
Por: Elvis Oliveira ( @elvisoliveirape )
